quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Salt


Salt é a nova produção que conta com Angelina Jolie como protagonista e chegou ás salas de cinema dos portugueses há duas semanas com a promessa de ser um sucesso de bilheteira. Cumprirá certamente a dita promessa, não por ser uma grande produção capaz de obter uma ovação em pé por parte do público mas por ser mais um filme de acção e algum suspense e por contar com a aplaudida actriz que já habituou os espectadores a filmes desta natureza. Mais uma vez não passando de uma produção mediana, com um argumento mediano, e realização aceitável, o filme traz um enredo relativamente interessante e capaz de obter o interesse do público, especialmente na primeira parte, a partir da qual, se torna demasiado previsivel. Quase tão previsivel até, como a chegada de mais um filme de acção, sem quaisquer exigências a nivel de interpretações, por parte de Jolie, que na minha opinião tme feito escolhas inteligentes na sua carreira profissional ao optar por histórias que consigam funcionar com a sua inexistente expressão facial. Aconselharia seriamente o agente da actriz, no entanto, a aproveitar os anos dourados da mesma para lhe atirar alguns papeis mais como  A Troca, de modo a não comprometer a credibilidade da actriz nos outros generos do cinema, e aproveitando enquanto ela ainda é aplaudida por qualquer coisa que faça, as vezes sem razão qualquer. Por outro lado, considerando os objectivos do mais recente trabalho de Phillip Noyce, o mesmo cumpre-os com distinção prometendo entreter o público menos exigente e especialemente os fâs dos anteriores trabalhos da actriz e deixa no ar a hipótese de uma sequela.

marsoa


domingo, 15 de agosto de 2010

Os Mercenários


O tão publicitado novo filme de Sylvester Stallone com Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li, Bruce Willis, Michael Rourke, Arnold Schwarzenegger, entre outros, mostra-se uma valente decepção. Sem qualquer introdução histórica ou temporal, a história inicia-se completamente deslocada e desprovida de contexto, dando lugar a um desenrolar de cenas despropositadas á base de luta e agressões fisicas, cenas estas alimentadas por efeitos especiais aplaudivelmente maus. Toda a trama é absolutamente pobre em factos interessantes, abordando não-eficazmente de quando a quando um ou outro assunto, que caso fosse explorado, traria um componente muito importante ao filme: Interesse. Podemos então agora, concluir, que o único chamariz do filme seria o elenco. Muitos e juntos actores do século passado, ícones do cinema de acção/aventura que se juntaram num novo projecto para mostrar que ainda conseguem fazer o que faziam há vinte anos. Pois é com pena que informo.. não conseguem, e com mais pena ainda que informo que o tão aclamado elenco baseia-se em Sylvester Stallone, Jet Li e mais um ou dois actores com papeis  de relevo mediano, pois, por exemplo, Bruce Willis e Schwarzenegger entram qualquer coisa como 30 segundos. Neste filme, realmente, não há nada que escape, aliás, até a legendagem, para quem perceber minimamente de inglês está absolutamente vergonhosa.

Desinteressante. Leviano. Displicente, Medíocre.

marsoa

sábado, 14 de agosto de 2010

Kiss & Kill

"Beijos e Balas" é o novo projecto que traz Katherine Heigl e Aston Kutcher ao grande ecrã, ambos dois actores acarinhados pelo público internacional. Este filme vem muito dentro da sequência de trabalhos que têm vindo a ser apresentados pelos dois actores cujos dois último filmes foram respectivamente ABC DA SEDUÇÃO e DIA DOS NAMORADOS e não traz nada de novo ou minimamente emocionante. Também dentro de um formato bastante semelhante a Knight and Day, no entanto não tão desesperado, Kiss and Kill é mais um filme leve, fraco a nivel de conteúdo e desenvolvimento, que tenta florear uma pequena história de acção com um sentido de humor fácil e pormenores romãnticos e glamorosos, propositadamente implementados de forma forçada e minimamente coerente. A par com o elenco principal, o filme traz muitos actores secundários conhecidos por pequenos papeis cómicos que sem dúvida trazem algo positivo á produção. Sendo uma comédia feita conscientemente para fazer o público rir não da história mas da produção em si, consegue entreter o público menos exigente ou simplesmente exausto, consistindo numa obra cinematográfica " sobrevivivel ", o que, estando eu a tentar usar a palavra com um valor positivo, não será com certeza o objectivo dos realizadores de Hollywood.




marsoa

Grown Ups


Realizado por Dennis Dugan e com Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, Salma Hayek, Steve Buscemi e Kevin James, "Miúdos e Graúdos" é mais uma comédia previsivel que chega as salas de cinema portuguesas com a promessa de ser um sucessp de bilheteira, não pela sua qualidade enquanto produção humoristica mas pelo seu elenco. Não sendo uma produção de deixar as pessoas boquiebertas com a sua inteligência e eloquência na ridicularização do quotidiano, é no entanto um filme que agradará especialmente ás massas mais jovens, pois traz um argumento de entretenimento aceitável e algumas piadas melhor conseguidas que satisfarão todos aqueles que querem ver um filme para rir, idependentemente da sua incoerência ou falhas de realização. À semelhança de muitas comédias deste ano, acredito que o filme perde pelo trailer, que, infelizmente, apresenta, a grande maioria ( e as melhores ) das piadas presentes no mesmo.
Quanto á prestação do elenco, embora satisfaça as exigências de um filme fraco de humor fácil, limita-se a fazer apenas isso mesmo. Gostaria de evidenciar que considero este trabalho de nivel bastante inferior á última parceria do realizador Dennis Dugan e Adam Sandler: Zohan ( 2008 ). Caso revejam este filme de há dois anos e discordem da minha opinião, peço já deculpa e admito o possivel engano pois, ambos ( Zohan e Gronw Ups ) não passam de filme de humor fácil, pouco memoráveis e nada marcantes. 

marsoa

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Inception

Realizado por Christopher Nolan e com a participação extraordinária de Marion Cotillard e de Leonardo DiCaprio, este é um filme marcado pela complexidade e originalidade do argumento e também pela forma aplaúdivel como estão realizadas todas as cenas, com uma invejável atenção ao pormenor e cheias de coerência, que caracterizam o realizador.
O filme parte de uma excelente premissa: descobrir segredos entrando no subconsciente das pessoas durante o seu sono. A questão é que, para aceder à mente de outrem, os "extractores" têm de estar também a dormir e dentro do sonho da pessoa. Mas são eles que constroem esse sonho, que conhecem os seus meandros, os pormenores dos acessos, a vítima apenas o povoa com as suas projecções da realidade, com elementos familiares. A ideia é de que a pessoa não se aperceba de que está a dormir e que revele os seus segredos, já que o subconsciente, à partida, não levanta barreiras como a mente acordada, está mais indefeso. É essa a função da equipa de Cobb (DiCaprio) e Arthur (Gordon-Levitt). Mas um poderoso empresário (Watanabe) propõe-lhes um outro desafio: em vez de desvendar, implantar uma ideia na mente de alguém, neste caso fazer com que o filho de um magnata às portas da morte, Robert Fischer (Murphy) "tenha a ideia" de dissolver o império do pai, evitando assim a hegemonia energética por parte de uma única empresa.Tanto os extractores como o alvo participam de um sonho comum e, como tal, introduzem elementos seus nesse mundo. Mas o que acontece quando um deles tem fantasmas do passado que procura reprimir? Os fantasmas habitam o subconsciente e é o subconsciente que está à solta nos sonhos. O que acontece quando esses fantasmas vêm à tona em mentes alheias?

Trata-se mais uma vez, de um filme compexo, cheio de pormenor, que requer muita atenção por parte da audiência, e provavelmente uma segunda visualização.  Sem dúvida um filme para a cabeça que, no entanto, no âmbito de cativar e interessar o público, e também, de permitir que este se identifique com as personagens, perde por ser muito extenso e ser demasiado racional, não cumprindo os objectivos do argumento no campo emocional.

Em suma, um Die4by: Nádia Carvalho e marsoa