quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Inception

Realizado por Christopher Nolan e com a participação extraordinária de Marion Cotillard e de Leonardo DiCaprio, este é um filme marcado pela complexidade e originalidade do argumento e também pela forma aplaúdivel como estão realizadas todas as cenas, com uma invejável atenção ao pormenor e cheias de coerência, que caracterizam o realizador.
O filme parte de uma excelente premissa: descobrir segredos entrando no subconsciente das pessoas durante o seu sono. A questão é que, para aceder à mente de outrem, os "extractores" têm de estar também a dormir e dentro do sonho da pessoa. Mas são eles que constroem esse sonho, que conhecem os seus meandros, os pormenores dos acessos, a vítima apenas o povoa com as suas projecções da realidade, com elementos familiares. A ideia é de que a pessoa não se aperceba de que está a dormir e que revele os seus segredos, já que o subconsciente, à partida, não levanta barreiras como a mente acordada, está mais indefeso. É essa a função da equipa de Cobb (DiCaprio) e Arthur (Gordon-Levitt). Mas um poderoso empresário (Watanabe) propõe-lhes um outro desafio: em vez de desvendar, implantar uma ideia na mente de alguém, neste caso fazer com que o filho de um magnata às portas da morte, Robert Fischer (Murphy) "tenha a ideia" de dissolver o império do pai, evitando assim a hegemonia energética por parte de uma única empresa.Tanto os extractores como o alvo participam de um sonho comum e, como tal, introduzem elementos seus nesse mundo. Mas o que acontece quando um deles tem fantasmas do passado que procura reprimir? Os fantasmas habitam o subconsciente e é o subconsciente que está à solta nos sonhos. O que acontece quando esses fantasmas vêm à tona em mentes alheias?

Trata-se mais uma vez, de um filme compexo, cheio de pormenor, que requer muita atenção por parte da audiência, e provavelmente uma segunda visualização.  Sem dúvida um filme para a cabeça que, no entanto, no âmbito de cativar e interessar o público, e também, de permitir que este se identifique com as personagens, perde por ser muito extenso e ser demasiado racional, não cumprindo os objectivos do argumento no campo emocional.

Em suma, um Die4by: Nádia Carvalho e marsoa


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